terça-feira, 1 de maio de 2012

Estou postando a crônica de nossa colega Daniela Heliodoro Alencar Alves:


Um embrulho especial


Ao abrir meus olhos lembrei-me com muita emoção o quanto este dia era especial. Ao levantar-me logo ouvi o som da campainha e dialoguei com meus próprios pensamentos: "Quem será que decidiu manifestar seu carinho, afeto e consideração por mim?". "Certamente Camile."
Saltitando desci as escadas e com tamanha ansiedade abri a porta. Deparei-me com algo que certamente não era um embrulho especial. Avistei um homem na soleira. Meus olhos se movimentaram quase que automaticamente, tentando detectar a presença de mais alguém. Não havia vestígios. Com o mínimo de coragem decidi tocá-lo, estava frio e rígido talvez. Senti inúmeros calafrios e encorajei-me a ligar para a polícia. Era minha primeira experiência e, ao contrário do que dizem, uma viatura estava em minha porta; um pouco estranho, mas também havia outros veículos. Novamente ouvi o som da campainha e, ao abrir a porta deparei-me com um sargento cujo rosto tinha uma expressão rígida. Instantaneamente passou em minha mente: "Acham que sou culpado?". Foi quando o sargento retirou de seu bolso um embrulho e disse-me: " Receba com carinho esta mensagem e este embrulho especial". Um cartão acompanhava o embrulho com os seguintes dizeres: " Feliz aniversário! Com carinho, Camile."

Daniela Heliodoro Alencar Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário