Um embrulho especial
Ao abrir meus olhos lembrei-me com muita emoção o quanto este dia era
especial. Ao levantar-me logo ouvi o som da campainha e dialoguei com meus
próprios pensamentos: "Quem será que decidiu manifestar seu carinho, afeto
e consideração por mim?". "Certamente Camile."
Saltitando desci
as escadas e com tamanha ansiedade abri a porta. Deparei-me com algo que
certamente não era um embrulho especial. Avistei um homem na soleira. Meus
olhos se movimentaram quase que automaticamente, tentando detectar a presença
de mais alguém. Não havia vestígios. Com o mínimo de coragem decidi tocá-lo,
estava frio e rígido talvez. Senti inúmeros calafrios e encorajei-me a ligar
para a polícia. Era minha primeira experiência e, ao contrário do que dizem,
uma viatura estava em minha porta; um pouco estranho, mas também havia outros
veículos. Novamente ouvi o som da campainha e, ao abrir a porta deparei-me com
um sargento cujo rosto tinha uma expressão rígida. Instantaneamente passou em
minha mente: "Acham que sou culpado?". Foi quando o sargento retirou
de seu bolso um embrulho e disse-me: " Receba com carinho esta mensagem e
este embrulho especial". Um cartão acompanhava o embrulho com os seguintes
dizeres: " Feliz aniversário! Com carinho, Camile."
Daniela Heliodoro Alencar Alves
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